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Arquivo Nacional de Cabo Verde e Associação Nacional dos Municípios assinam memorando que visa o tratamento e disponibilização dos documentos arquivísticos a todos os munícipes e à diáspora

Em Cabo verde, o processo de descentralização tem sido um dos temas centrais, em várias frentes e questões prioritárias para o bom desenvolvimento dos 22 municípios que constituem as nove ilhas habitadas.

Desta feita, o Instituto do Arquivo Nacional de Cabo Verde (IANCV) e a Associação Nacional dos Municípios Cabo-verdianos (ANMCV) assinaram, na tarde de hoje, 7 de dezembro, o protocolo de cooperação institucional nos domínios da criação, organização, conservação, preservação e divulgação dos arquivos municipais.

Trata-se de um importante passo para, de forma sucinta, garantir a criação e implementação dos Arquivos Municipais em Cabo Verde, que após um processo de estudo e organização, serão, também, digitalizados, permitindo o acesso aos históricos documentos arquivísticos, a partir de qualquer parte do país e, consequentemente, na diáspora.

O Ministro da Cultura e das Indústrias Criativas, Abraão Vicente, presente no ato de assinatura deste memorando de entendimento, acredita ser este um momento de grande avanço no tratamento da memória institucional cabo-verdiana, parte dela perdida pela impossibilidade da digitalização.

Os presidentes do IANCV e da ANMCV, José Maria Borges e Herménio Fernandes, respetivamente, comprometem-se, a partir deste momento, a um trabalho conjunto, intenso, de disponibilização de informações a todos os munícipes, independentemente da sua localização, sem necessidade de deslocação à capital do país, e, assim, melhorar a prestação de serviços, através da modernização dos arquivos de Cabo Verde.

O protocolo visa, ainda, constituir equipas de trabalho para desenvolver os instrumentos legislativos e normativos; promover a criação de condições para a materialização de formações académicas no domínio da Ciência de informação documental, nomeadamente, na vertente arquivística (níveis técnicos profissionalizantes e pós-graduação); disponibilizar infraestruturas físicas, recursos humanos e equipamentos para o funcionamento dos serviços de arquivos; realizar atividades de investigação e editar conjuntamente trabalhos académicos e científicos desenvolvidos pelas instituições parceiras no âmbito da História Local; promover, periodicamente, exposições temáticas e debates, conferências, seminários, palestras, colóquios no país e na diáspora.